O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo é comemorado em 2 de abril, foi realizada a primeira caminhada de conscientização do autismo, em Cocos. O evento foi promovida pela clínica Drª Flávia Milene, em parceria com a psicopedagoga Renilda Lima.
Foi um momento emocionante para cada família que esteve presente, além de levar a público o conhecimento sobre o autismo, que ainda é tão pouco falado. Dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, informa que existe hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas.
Estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas. A campanha deste ano, do Dia Mundial do Autismo, visou destacar a importância de reconhecer e respeitar as habilidades e as particularidades de pessoas com transtorno do espectro do autismo (TEA).
Renilda é neuro/psicopedagoga Clínica, especialista no cuidado a crianças autistas em Côcos e afirma que o autismo, atualmente chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição caracterizada por comprometimento na comunicação e interação social, associado a padrões de comportamento restritivos e repetitivos.
Os sinais do TEA começam na primeira infância e persistem na adolescência e vida adulta. A condição acomete cerca de 1 a 2% da população mundial, com maior prevalência no sexo masculino, e as causas são multifatoriais, com grande influência genética, mas também com participação de aspectos ambientais.
Algumas outras condições podem acompanhar o TEA, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), depressão, epilepsia e deficiência intelectual, essa com ampla variabilidade.
O tratamento do TEA é baseado em terapias de reabilitação que devem ser direcionadas de acordo com as necessidades de cada pessoa e envolvem equipe multidisciplinar. Os principais objetivos do tratamento são melhorar a funcionalidade social e as habilidades de comunicação e reduzir comportamentos negativos e não-funcionais e, assim, contribuir significativamente para a qualidade de vida das pessoas com TEA e de seus familiares/cuidadores.
Sabe-se que o tratamento precoce tem grande impacto no prognóstico. Ambientes com acessibilidade, educação inclusiva, programas de suporte e a inclusão no mercado de trabalho têm contribuído substancialmente para a melhora da qualidade de vida desta população.
Via Folha do Vale